segunda-feira, dezembro 08, 2008

"My theory that you should see a movie on a big screen is sound, but utopian."

A frase que serve de título a este post foi escrita pelo crítico Roger Ebert na conclusão do seu artigo sobre os melhores filmes de 2008 e surge a propósito do estado pouco recomendável da distribuição de filmes nas salas de cinema dos EUA.

De facto, um dos aspectos que mais pode chamar a atenção no texto de Ebert sobre o ano cinematográfico que agora chega ao fim é o facto de que vários dos títulos mencionados são uma completa incógnita não só para espectadores deste lado do oceano Atlântico como, também, para os do país onde tal lista foi elaborada. Da mesma maneira que é difícil para um espectador português ter a diversidade e a possibilidade de escolha de um congénere parisiense, no país que mais filmes exporta para todo o mundo também pode ser uma odisseia conseguir ver a mais recente obra de um realizador conceituado simplesmente porque se vive no Kentucky e não em Nova-Iorque.

É aqui que os novos suportes de distribuição digital desempenham um papel deveras importante, como confirma Ebert ao afirmar que "This is a time when home video, Netflix and the good movie channels come to the rescue." De facto, torna-se muito difícil contestar o poder do DVD, dos Blu-Ray e dos downloads (legais ou não, isso é outra história...) na divulgação de filmes que, normalmente, seriam barrados pelos imperativos económicos de chegarem ao(s) público(s) que os quer(em) ver. E não esqueçamos, já agora, a importância que as televisões, com especial incidência para os canais dedicados à sétima arte e aos "generalistas" que organizam ciclos, têm, através da exibição de clássicos, na formação do gosto e da cinefilia de muita gente que não tem acesso a um espaço como a Cinemateca Portuguesa. Sem estar sequer perto de perder o gosto por ver os filmes no grande ecrã, Ebert revela, nestas duas simples frases, uma frescura de pensamento em relação à evolução tecnológica do cinema que é salutar e, a meu ver, exemplar.

3 comentários:

Airton disse...

eaee

cara essas paradas de fik mudandu td hr dvd pra blue ray....po ja eh desnecessario hsuahsuash

http://publicandobr.blogspot.com/

blog de cinema e publicidade

abraço

Ricardo Gonçalves disse...

Airton:

A questão que quis levantar não tem a ver com a evolução dos formatos, nem procurei pregar a substituição dos suportes antigos pelos novos (aliás, coloquei os DVD lado-a-lado com os Blu-Ray, os downloads e com a exibição na TV, sem dar primazia a qualquer um deles).

O que está em causa é o facto de ainda existir resistência à ideia de que se pode ver um filme num ecrã que não seja o de uma sala de cinema - o elogio que fiz às palavras de Ebert foi, precisamente, no sentido de ser estimulante ver um crítico bastante conceituado afirmar a importância dos novos suportes na descoberta de filmes que dificilmente chegam a todas as salas, muito embora sem deixar de achar que um filme, idealmente, deve ser visto na sala escura.

Afinal, há quem continue a teimar, com uma insistência desconcertante, que "Só e unicamente" se vê um filme no grande ecrã. Mas, por essa lógica, então teríamos de pôr em causa a "educação cinematográfica" de gente como Quentin Tarantino que, adorando as salas de cinema, conheceu muitas das suas obras favoritas... num videoclube.

Anónimo disse...

Bonjorno, cine-arte.blogspot.com!
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